domingo, 31 de março de 2013

Moda, como cada um ver e sente de maneira diferente ...

É muito subjetivo e pessoal a forma como as pessoas que trabalham no setor se sentem em relação ao que conhecemos como moda.
Existem os que entendem ela como um negócio, e como tal tem que ser lucrativo. Dar retorno financeiro e, no caso como trata-se de uma área cercada  de glamour, este também faz parte do pacote.
Há os que nascem para fazer moda, estes de maneira geral não se ligam ao financeiro. Não, que acreditem que possam prescindir dele, pois fazer moda requer investimento, mas para estes existe uma outra moeda. Esta moeda tem por nome: satisfação.
Sem este requisito, vem a frustração, o desencanto, a falta de criatividade.
Onde falta emoção, falta tudo!
A empolgação de criar faz com que a mente fique sempre em movimento, os olhos e o sentir, em constante estado de alerta. Qualquer palavra dita pode desencadear o tema de uma coleção, objetos que são vistos ao acaso, transformam-se em elementos para compor roupas ...
A vida se transforma numa constante busca de formas. As cores são desmembradas e agrupadas como num jogo de montar, cortes e recortes, sobrepor, misturar, desconstruir, possibilidades que se materializam em pensamentos, para em seguida serem testados na máquina de costura.







 Dimensões exageradas pode ser o elemento que vai diferenciar uma peça básica como uma camisa branca. Que como toque final, pediu uma pincelada de cor. É assim que funciona ...
Um tecido tão banal quanto um listradinho azul e branco, pode virar uma peça especial se acrescida de preguinhas estrategicamente localizadas, mais rendas, e finalize dando uma ideia de falsa sobreposição.
Um casaco tipo trench pode ser cortado ao meio e vir a ser usado como jaqueta.
Cada boa ideia que pode se tornar real, significa um ganho naquela moeda chamada "satisfação".
Estes são os verdadeiros criadores, artistas da arte de vestir. Autorais, pois o que criam nasce em suas ideias e pensamentos, são suas visões que se tornam materializadas em produtos que vamos desejar ...







sábado, 30 de março de 2013

Necessidade vital pela simplicidade e beleza, um grito sufocado da alma ...

Lugares cheios de natureza viva e espontânea, sem luxo nem ostentação. 





Como estou saturada de ver as pessoas morando em prédios cercados de seguranças, de vizinhos, de brigas por maiores espaços nas garagens para carros absurdamente enormes.
Não, não para mim ...  eu quero olhar e poder ver o azul do céu, ver a lua cheia nascer, o dia amanhecer.
Eu preciso ouvir o canto do galo quando chega a madrugada, o barulho dos pássaros acordando, o dia chegando de mansinho. Não sobrevivo sem sentir o cheiro de terra que sobe quando cai a chuva.

Gosto da terra se integrando à construção.

Janelas sem grades.






 Portões que não precisem de parafernálias eletrônicas. 


quinta-feira, 28 de março de 2013


Todas nós temos o nosso lado Alice?

Ainda me sinto encantada e atraída por objetos que parecem terem vindo diretamente do país das maravilhas.


Servir chá com toda graça possível, isso significa receber com carinho e atenção.


Coisas tão infantis e delicadas, que me levam a "viajar" ...

Se são arte maior ou menor, que importa ...  se me fazem sonhar !

O Lúdico, a fantasia materializada em forma de servir.


 

Não é algo irresistível ?

quarta-feira, 27 de março de 2013

Detalhes que fazem a diferença.

Vestir-se com o desejo de ficar bonita ! Valorizando a feminilidade, trazendo de volta a mulher chic e glamourosa de outros tempos.
A moda, se é que posso chamar assim, mostra a necessidade da volta desta mulher, uma figura marcantemente mais clássica, mais refinada e elegante. As novas coleções mostraram isto nas passarelas.
Me parece que linha "celebridade" já cansou. Vestidos tipo bandagem e super curtos, só para estrelas de música pop. O diferente, o sensual, o que desperta a atenção é o oposto, é a figura de uma mulher recatada e de sofisticada elegância.

Detalhe de Valentino para o próximo inverno.

Valorização do tecido, atenção para os punhos brancos. Uma clara alusão ao new classic !

Vejam que mistura bonita de materiais, e o acessório que arremata o look.

Um visual clássico e moderno, o vestido sedoso com movimento sem exagero. 

Comprimento perfeito !


terça-feira, 26 de março de 2013

Regras e padrões, o que nos obriga a segui-los ?

Pensem comigo, onde está escrito que devo ter uma bolsa daquela marca que sebe Deus porque virou a febre do momento ? Por que tenho que me esforçar para isso, e o pior ... tenho mesmo que aposentar as de coleções passadas ? Isso é absurdamente ridículo e surreal, mas é assim que funciona na chamada classe dominante.
O código de conduta destas seletas criaturas está cada vez mais explicito e policiado, acreditem ou não.
Tem ainda um agravante, é disso que é feita a industria da moda : no momento em que seres não pertencentes ao staff descobrem estas marcas elas deixam de serem incensadas e desejadas. Viraram populares ! Este é o motivo das marcas manterem os preços irreais dos produtos. 
Claro que quem vive dentro destas crenças e princípios jamais se dará ao esforço de pensar pela própria cabeça, menos ainda de entender ou dar valor ao que estou escrevendo aqui.
Que fiquem como estão, quem não pensa, também não lê.
Vou me concentrar num grupo diferente, pessoas com informação e capacidade de raciocínio, mas que também estão padronizadas. Me parece que apesar de toda abertura que nossa sociedade conquistou, ainda temos medo de sermos vistos como diferentes, mesmo que essa diferença seja para melhor.
Tememos  chamar atenção por ter ideias de nossa autoria, preferimos usar aquilo que todas estão usando, mesmo que não nos favoreça. Compramos "pronto".
Vamos ver imagens de pessoas mais autênticas no modo de se vestirem e criarem suas próprias produções.`
Dá para perceber que se vestem com propriedade, mas de uma maneira única.


Nisso está o estilo, a marca impressa de individualidade.
Precisamente no momento em que estamos virando números e estatística, ser uma pessoa é uma tarefa importante. Mas, isso demanda conhecimento, coragem, sensibilidade e refinamento no olhar, para juntar o improvável e dele fazer surgir o admirável.
Tentem ... vasculhem os armários, peguem coisas antigas e junte com as adquiridas recentemente, ressuscitem lenços, cintos e outros acessórios que um dia já foram importantes.
Comecem devagar, aos poucos. É o trinamento que leva à maestria. Ousem diminuir os cabelos, dar uma valorizada no corte. E ... esqueçam sair de rosto lavado, só bebês e crianças são tão lindos que podem se dar a esse direito.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Por que temos medo de sair do padrão que nos faz iguais ?

Mulheres uniformizadas ... Na adolescência isto é compreensível, temos a necessidade de aceitação. O medo de não ser igual  leva a galera se uniformizar. A maneira de se expressar, falar, agir e pensar tem que ser a mesma. Diferenças não são bem vistas.
Agora isso acontecer na vida adulta, não consigo entender. Me espanta ver mulheres crescidas ou mesmo maduras  padronizadas.  Todas com o mesmo cabelo, as mesmas bolsas, os sapatos semelhantes - e, até o cheiro é igual.
Por que essa resistência em assumir a própria personalidade, em definir seu estilo, em ser diferente ?
Percebo que na maturidade as mulheres estão divididas em dois grupos distintos: as "na moda" e as que não ligam a mínima para a aparência. Quem pertence ao grupo fashion faz exatamente o mesmo roteiro de compras, os cabelos têm limite de comprimento (longos), têm que ser lisos e loiros e o megahair é quase obrigatório. Usam roupas curtas sem limite de idade e saltos altíssimos mesmo que andem com dificuldade.
Fazem prosperar os salões de beleza e engordam as contas bancárias de grifes famosas, até porque o que usam vale pelo preço, e não exatamente por fazê-las mais elegantes e bonitas.

O outro grupo se recusa até a passar um blush ou arrumar as sobrancelhas, veste-se porque é preciso. Mas usa bermudas, camisetas de mangas curtas, vestidos muitas vezes indianos (os sem graça) e uma bolsa qualquer pendurada nos ombros. 
Os cabelos cortados numa clara mensagem que deixaram de se importar com a feminilidade.
Existe uma clara falta de equilíbrio nos dois casos. Falta de personalidade e valorização da condição feminina.
Como o assunto é extenso e não se aponta um problema sem pelo menos sugerir a solução, amanhã volto ao tema para tentar me fazer entender melhor e, quem sabe, tocar no ponto central da questão.
Porém, desde já digo que se arrumar é muito prazeroso e ajuda na saúde mental de qualquer pessoa, homem ou mulher. Ninguém gosta sinceramente de ser feio e desleixado.



domingo, 24 de março de 2013

Vestir com consciência sem abrir mão da elegância

Uma revisão que forçadamente tivemos que fazer de modo a ser mais racionais na hora das compras.
Consumir desordenadamente, tornou-se um comportamento feio e deselegante !
Correr atrás da "última moda", sair vestindo tendências - demonstra falta de cultura -, personalidade frágil e ausência de autoconhecimento.
Não estou aqui dizendo que não devemos comprar, aliás compras são sinônimo de prazer que reverte em  bem estar e carinho para com nós mesmas. Mas, tudo isso deve ser um ato consciente e dentro de reais necessidades.
A moda sinaliza isso no momento em que nada é imposto. A total liberdade de escolha é o que verdadeiramente é a moda.
Para mim peças do tipo "timeless" deveriam compor 80% do guarda roupa de uma mulher, o restante 20% seriam divididos entre acessórios e peças do tipo moda do momento.
Hoje quem faz o look são os acessórios ou a forma como se usa eles. Temos o recurso ultra válido das misturas, que consiste em usar peças de boa procedência com artigos de preços baixos. Tudo vai depender do gosto e criatividade de cada uma.
O que se tem como novo é justamente a tradição que volta sob o nome de New Classic. 
Isto significa o retorno de uma figura feminina mais elegante em todos os sentidos, nos gestos, nas atitudes, na educação e especialmente no comportamento. Auto exibição e vulgaridade, sedução explicita, atitudes rudes e comportamento que chame demasiada atenção, estão totalmente fora do contexto de uma mulher moderna.

sexta-feira, 22 de março de 2013

O que realmente queremos ?

Temos feito esta pergunta a nós mesmos, ou estamos empurrando tudo com a barriga?
Já paramos para pensar se tudo que temos, compramos ou esta em nossa lista de desejos, tem importância real e nos trará satisfação por algum tempo maior?
Não é raro os momentos em que me sinto um fantoche do modelo de consumo que adotamos. Para a industria, o comercio, o governo e suas maquiladas estatísticas; é muito importante que eu gaste o que não tenho comprando coisas que não preciso. A intensão é me vender a ilusão da necessidade de ser admirada por pessoas que não me importam e que também não se importam comigo. 
Entrar no contexto, é preciso. Mesmo que sejam contextos criado em laboratórios de mídia e publicidade.
Quanto menos eu pensar por mim mesma e souber avaliar meus desejos individuais - melhor para toda a economia -, menos para mim que corro o risco de me detestar por estar endividada em troco que coisas que em nada contribuem para o meu bem estar de espirito.
O que me faz bem é aquilo que mais se aproxima da essência de quem eu sou.
Gosto de fazer, criar, modificar ... me sinto feliz com a simples pintura de um móvel ou uma porta.
Amo sentir o chão frio nos pés descalços e o barulho do vento nas folhas das plantas. Nada disso esta a venda em shopping centers !!!
Adoro tudo que leva ao belo, mas sei encontrar a beleza em muitos lugares. Isso é um exercício de aprendizado diário que só as pessoas que se libertam do comprar pronto, conseguem.
Meditem sobre isso e se livrem das manipulações da mídia e crenças errôneas de nossa sociedade.
Seja você a decidir o que realmente quer !!!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Se valorizar

Tenho observado uma crescente desvalorização da mulher. Parece contraditório se levarmos em conta todo o lado das chamadas conquistas femininas, mas como seres individuais e especialmente em relação a nossa essência mais sensível de mulheres que somos; estamos em processo de decadência.
Não vou aqui nem falar de igualdade com o sexo masculino e da consequente sobrecarga que viemos a sofrer. No momento estou apenas focando o lado de banalização e desrespeito da mulher para com ela própria. Me parece que as mulheres não estão se sentindo merecedoras de ocuparem seu devido lugar, estão abrindo mão de coisas tão simples como serem bem tratadas, ouvidas, admiradas e espeitadas pelo que são, e se deixando confundir com aparências - na maioria das vezes negativas - buscando na vulgaridade uma forma de serem aceitas.
Diante de tanta falta de bom senso, equivocadas metas e sobretudo falta de amor próprio - até os homens me parecem perdidos, assustados e por fim desinteressados.
Por darem pouca importância a cultura e informação, a grande maioria não sabem conversar sobre nada relevante, não formam opiniões próprias, não se mostram interessantes e, não possuem metas de vida.
Querem ficar e se divertir, serem celebridades momentâneas e desejadas por uma noite ( quando conseguem chegar a isso). 
Onde ficou perdida a verdadeira mulher? Com beleza, conteúdo, classe, elegância e que sabiam se fazem respeitas e verdadeiramente amadas?
Mulheres que tinham o controle da situação!
Figuras com força suficiente para que até os homens pudessem exercer seus papeis masculinos.
Hoje vemos um culto as baixarias, uma super valorização de esteriótipos, deformidades físicas e culturais ... mulheres que se vêem e se permitem serem vistas como "cachorras".
Será que não já passou da hora de dar um basta?!
Não ... a culpa não é do homem, é nossa mesma.

terça-feira, 19 de março de 2013

De volta ao mundo do blog.

Sempre resisti a ideia de voltar a ter blogue, mas sinto que so a pagina não atende a minha necessidade de passar tudo que fui descobrindo ao longo da vida. São pesquisas e observações de moda, de comportamento, culturas, decorações, hábitos, modo de vida, etc ... 
Existe um universo de informações que so uma pessoa curiosa e observadora com muito amor aos detalhes como eu consegue arquivar, além da minha enorme paixão por pesquisas e imagem.
Tenho como lema que: conhecimento não compartilhado, é conhecimento inútil !
Dai, a minha intenção ao reativar o recurso de usar o blog como ferramenta de comunicação.
Espero que seja uma boa e renovada experiência e, que eu tenha a capacidade e a técnica suficiente para torna-lo interessante.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Desejo de passar o que aprendi para que outras pessoas também tenham a oportunidade de fazer.
Bordado era uma arte que passava de mãe para filha. Hoje as jovens não demostram interesse e, as técnicas estão fadadas ao esquecimento. Como estamos em momento de reorganizar a sociedade e a vida no planeta; eu vejo o bordado como um animal em extinção e como tal deve receber cuidados e atenção para que permaneçam em nossa história.









Como o bordado serve de equilíbrio emocional, como esquecemos os problemas e stress no momento em que concentramos nossa atenção nesse ou em qualquer outro trabalho manual. Quantos Rivotril seriam dispensados ...
Gente, vivemos um mundo em rápidas mudanças - e, são tantas e tão velozes que nossa mente se perturba.
Viver se tornou uma das maiores façanhas, um enorme desafio. O sentimento é de que o tempo corre sem sobrar nenhum para nós mesmos.
O fato de nos darmos o direito de ter momentos onde podemos nos dedicar a alguma coisa que tenha por finalidade a criação da beleza, torna-se um luxo necessário.