sábado, 13 de abril de 2013

Mulheres ...

Somos diferentes, a natureza fez essa diferença. Nem superiores, nem inferiores, só diferentes.
Ao longo da história, fomos valorizadas e inferiorizadas e isso nos levou a lutar por igualdade.
Mas, como sabemos tudo tem um preço e estamos ainda em processo de mais conquistas e dividas a serem pagas. Acumulamos tarefas, remorsos, inquietações e uma permanente sensação de não estarmos sendo boas o suficiente. Os filhos, a casa, o companheiro, o trabalho, nós mesmas, o mundo, as mudanças ... tem hora que parece estar tudo sobre os nossos ombros. Vem uma sensação de que estamos sozinhas, sem apoio, sem um ombro onde possa encostar a cabeça. É assim com todas nós que vivemos nos dias de hoje.
Temos que ser sempre fortes, protetoras, porto seguro para quem nos rodeia, saber as respostas certas, saber lidar com cada situação. 
Eu me pergunto se está valendo a pena, pois sinto falta da minha fraqueza. Me faz muita falta poder chorar e dizer que não sei, de não assumir tantas responsabilidades, de ser mimada e paparicada, em fim, de ser frágil. E, como as mulheres de antigamente, poder ter tempo para "bobagens" como me cuidar, sair para olhar vitrines, jogar conversa fora. Ser tratada com respeito, e não como se eu fosse um homem.
Houve um tempo em que foi assim, cediam lugares para nós, não falavam palavrões em nossa frente, muito menos nos xingavam com eles, abriam até a porta do carro para que a gente entrar ou sair ... os homens resolviam todas as chatices: pagavam as contas, providenciavam para que as coisas funcionassem, e funcionavam ! Agora eles também estão perdidos, não sabem mais quais as suas funções. Nós tiramos deles o direito de exercerem o papel de provedores, agora eles nem conseguem mais entender como faziam isso.
Eu quero voltar a ser mulher, é URGENTE!


 Quero ser linda, bem cuidada, saber pouco. Quero que façam as coisas por
mim, que saibam que meu corpo físico não aguenta ficar horas trabalhando, que minha cabeça não gosta de fazer contas e detesta ir a bancos ou resolver broncas com secretárias eletrônicas.


 Quero voltar a ser "cabeça de vento", me preocupar com coisas pequenas, ver o mundo de forma ingênua.


Quero ter quem leve minhas sacolas e carregue minhas malas, segure minha mão para descer uma escada ou sair do carro.


Quero ser admirada não pelo que faço, mas pelo que sou.


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